quinta-feira, 30 de maio de 2013

Uma aventura chamada…Rihanna!

Escrevo estas linhas 2 dias após ter ido ver o concerto, ainda mal refeito do cansaço provocado por um dia que começou bem cedo, mas que provou ser daqueles que fazem a vida valer a pena.
Foram mais de 24h acordado…o dia a começar às 5h…uma viagem de 4h que passou a voar. Afinal uma boa companhia faz o tempo passar mais rápido. Um passeio pelas redondezas do local do evento. Uma ligeira refeição. Espera na fila para entrar para o pavilhão. Entrada atribulada. Alegria de ficar a uns 20 metros do palco. Maior alegria ao ver a excitação da pessoa ao meu lado. Desesperado ao escutar 1h dois Dj’s que abriram o evento, mas que desgastaram, quer o físico quer a mente, de quem assistia. Maior desespero por mais 2h de espera que levaram aos assobios do público! Pelo meio, e dou mérito ao homem por conseguir isso, extrema ovação a José Castelo Branco, um verdadeiro Showman!
Finalmente o grande momento…Rihanna…soberba, genial, deslumbrante, bonita (admito que mudei a ideia que tinha), portento de voz! Um espetáculo sem comparação com outro que já tenha visto! Pavilhão ao rubro! Só lamento a falta de respeito para quem paga um bilhete nada barato e nem uma palavra a esse respeito.
Fim do concerto já fora de horas, autocarro perdido, portas da estação de metro e de autocarros fechada…uma espera de quase 3h ao frio e sujeita aos perigos noturnos até abertura das portas da estação. Mesmo na estação, um frio de rachar. Tudo a servir para aquecer um pouco. Espera até às 7h por novo autocarro. Aturar a má educação das empregadas do café da estação. Autocarro, nova viagem…em que o cansaço ganhou a um e a outro…nenhum se ficou a rir! Chegada ao ponto de partida 28h depois.
Quer nos melhores momentos do dia, quer nos piores, o dia valeu a pena, não só pela Rihanna. Valeu também, e muito, por ti. Um prazer conhecer uma pessoa encantadora como tu!

Há dias que valem por muitos dias…e este foi um deles!

sexta-feira, 24 de maio de 2013

As saudades que eu já tinha da minha alegre…Viana!

Hoje marquei, mais uma vez, presença na queima de Viana do Castelo…a minha queima de sempre.
Está longe de ter o protagonismo de outras queimas, está longe de ser uma das mais sonantes…mas eu estudei em Viana, sou um estudante da cidade, serei um filho adoptivo desta cidade maravilhosa para sempre. Esteve sempre além da minha compreensão ver colegas meus a faltarem à queima da sua universidade para irem às das outras. “O programa da nossa não vale nada!” diziam. Até podia ser verdade, mas era a nossa. E com este pensamento nunca se consegue melhorar o que é nosso.
Por isso, em todos os anos que lá estudei, marquei presença. Por isso, desde que sai, continuo a marcar presença todos os anos, nem que seja apenas um dia da semana. O bichinho vai diminuindo ao ritmo que desaparecem as caras conhecidas…mas enquanto o tiver, Viana será sempre local obrigatório!
Diz-se de Viana que “Quem gosta vem…quem ama fica!”…mesmo não estando fisicamente, fiquei para sempre preso a Viana, esteja eu onde estiver. Lá passei cinco dos melhores anos da minha vida.
Com o passar dos anos, também se notam diferenças de comportamento, mesmo que insignificantes e de valor relativo. Mas por curiosidade, no meu tempo (quem me ouvir falar pensa que sou velhote) os finalistas, num misto de orgulho e masoquismo, procuravam alegremente quem lhes desse as bengaladas da praxe, sem medo de ir ao céu e ver as estrelinhas. E quando alguém se dispunha a fazê-lo (muitas vezes, ex-alunos da escola, já enfermeiros) eramos os primeiros a colocar a cabeça (cartola) a jeito. Hoje vi algo diferente, quem sabe por a semana cansativa estar já no seu fim ou ser problema da amostra em causa. Olhares de soslaio, quase com medo e suplicando um “não me dês com a bengala e se deres dá muito devagarinho!”.
São sinais do tempo, as coisas mudam e no meio disto não há um “está bem” ou um “está mal”. De qualquer maneira, os meus parabéns aos finalistas que em breve serão colegas de profissão…e um conselho se me permitem, nunca fiquem pelo pensamento curto e falacioso que somos enfermeiros apenas por possuirmos o cartão azul que é emitido pela Ordem… (somos) vocês serão enfermeiros pelo vosso trabalho no dia-a-dia.
A noite valeu pelos Xutos e Pontapés e, acima de tudo, por me permitir estar com uma pessoa (uma linda pessoa) que, de forma paradigmática, tem estado muito próxima de mim.
A noite foi algo assim...(minuto 6.55)





sábado, 11 de maio de 2013

Prometido é devido…


Como não gosto de perder tempo, a resposta à pessoa de que falei no dia de ontem foi dada hoje às 7.30h espanholas.
De forma educada, cumprindo rigorosamente o que me foi exigido, sob ameaça, ontem de manhã.
Para mim “sempre” é “sempre”, mesmo que seja um sábado de manhã, mesmo que alguém esteja no melhor dos sonhos.
Para cabrão, cabrão e meio…dizem é que tenho tendência a ser um exagerado!
Não é vingança que se serve fria…agora, quando começam a jogar comigo, têm que saber jogar. E como já disse, respeito sempre os demais e isso é meio caminho para não perder a razão.
Para segunda-feira deixo o cara a cara (sem ser de cabeça quente), porque o que tenho a dizer digo olhos nos olhos, sem meias palavras. Educação e respeito, antes de exigirmos aos demais, temos que mostrar que os temos.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Há Doutores e doutores…


Chego a casa de fazer noite cansando, melhor dizendo, saturado.
Considero-me uma pessoa humilde e respeitosa em todas as facetas da minha vida. Mas, mais que isso, sei que é assim que as pessoas me veem. Porém, o mesmo respeito que tenho para com os demais, também o exijo para mim.
Aceito ser chamado a atenção, mesmo que o motivo seja uma mesquinhice e uma coisa de ínfima importância em comparação com coisas que realmente se deveria ter em conta. Agora, não aceito faltas de respeito, nem que essas chamadas de atenção sejam feitas em tons de ameaça.
Tenho perfeita noção das hierarquias. Ensinaram-me isso muito cedo, de uma forma natural em casa e, um pouco mais tarde, através do Karate. Por isso o meu respeito por elas é natural. Mas respeito não é medo nem permissividade.
Uma hierarquia apenas diferencia as pessoas numa determinada situação, mas nenhum indivíduo em si é mais ou menos do que outro qualquer. E educação é algo inerente a uma pessoa, ou se tem ou não se tem.
Sei que cheguei ao mundo dos adultos e, mais que tudo, me tornei num, quando confrontado com uma situação de desrespeito, dou meia volta e deixo a pessoa em causa a falar sozinha. Não grito, nem berro…não insulto, nem ameaço…simplesmente não desço ao mesmo nível da outra pessoa.
Todos precisamos de todos…e o tempo dar-me-á oportunidade de responder da melhor maneira a esta pessoa.

domingo, 5 de maio de 2013

Valor das escutas nos EUA vs Valor das escutas em Portugal


Hoje à noite, num programa que vi aqui em Espanha, “Crimes imperfeitos”, assisti a um caso horripilante!
Uma adolescente dos estados unidos, mas de origem árabe, foi assassinada, sendo os pais os principais suspeitos. Eles eles diziam que foi em legítima defesa, que a filha é que os atacou e exigiu dinheiro.
Apesar de inúmeras suspeitas e indícios, a polícia não tinha provas evidentes de que a versão dos pais era incorreta e que, de facto, tinham assassinado a filha premeditadamente.
A sorte foi que a família estava sob escuta do FBI, devido a suspeitas do pai estar envolvido em células terroristas e, coincidência das coincidências, a cena do homicídio estava gravada! Essa e as cenas de preparação do ato. A filha trabalhava e namorava com um jovem negro, algo inaceitável para os pais, fundamentalistas religiosos (a religião sempre a servir de desculpa), mote para crime tão cruel.
As escutas foram tidas em conta pelo tribunal e os pais condenados a pena de morte. A reação das pessoas envolvidas na investigação foi do género “Dá-me asco ouvir as escutas, não as consegui ouvir duas vezes, como alguém é capaz de fazer e dizer algo assim!” De referir que muitos familiares ficaram contentes com a morte da jovem, tida como vergonha da família, apesar de ser aluna de excelência!
Mas o que mais me chamou a atenção ao ver o programa, foi a reação das pessoas e do júri perante as escutas. As pessoas normais, com senso de justiça, além de incrédulas acharam aquilo abominável…os familiares, os que ficaram contentes com o resultado da ação dos pais, sorridentes, conseguiram o que queriam sem serem considerados cúmplices.
Em Portugal, não querendo comparar o tipo de crimes perpetuados, há gente capaz de revelar uma falta de princípios atroz, de defender o indefensável, perante provas irrefutáveis. Mais, defendem o crime e o criminoso! O “todos fazem” nunca é justificação para nada! Se os outros matam vamos matar também? Prove-se que os outros fazem e levem-nos a julgamento. Isso é justiça. Não é legitimar atos criminosos! Aqui, neste nosso país de faz de conta, se as escutas não defendem os nossos interesses não são prova credível. Nega-se o evidente!
Preocupa-me este vale tudo, de os fins justificam os meios a qualquer preço, pois quem é capaz de pensar assim, neste caso, a nível clubístico, muito facilmente age de igual modo no dia-a-dia.
Sei que não é possível, mas gostaria de saber a opinião da falange de apoio do Futebol Clube do Porto, sobre o caso que envolveu o seu presidente, se o que aconteceu não tivesse sido com o seu presidente nem com o seu clube…porque isto vai muito além do futebol, é uma questão social.
Se um dia, um presidente do meu clube é apanhado num caso destes, com provas tão esclarecedoras, sentir-me-ei envergonhado e serei o primeiro a pedir a sua demissão.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Isto é que me chateia!

Parte da recta que antecede a curva,
sem nada a sinalizar  a presença das
obras ao virar da curva.

As pessoas às pensas pensam que me chateio com o futebol ou com a política ou com a religião. Destas três coisas, não gosto dos fundamentalismos e a única que me chateia algo é a política, pois mesmo os que mandam, mesmo sendo de outra “equipa”, interferem no meu futuro. O resto, com maior ou menor fanatismo, não me chateia. Pode haver coisas que não percebo, mas desde que me respeitem respeito.
Agora, coisas que me chateiam mesmo, são aquelas como a que vi hoje durante toda a manhã, na minha terra de Fafe, junto aos bombeiros. Passo a explicar. Esta instituição está a fazer, desde há algum tempo, reformas nas suas instalações. Hoje, estavam a trabalhar no símbolo numa das fachadas do edifício, usando uma grua ou guindaste (não conheço o nome do veículo), que obstruía uma das vias da rua (isto quase toda a manhã). Quem conhece o sítio (que se pode ver nas fotos), percebe perfeitamente que o local encontra-se em cima de uma curva. A posição da máquina, obriga, a quem sai dessa rua, a passar para a outra via, mesmo em cima da curva, havendo a possibilidade de colisão com quem vai entrar nessa rua (a essa curva precede uma longa recta, conhecida pela imprudência dos condutores ao atingirem altas velocidades, e local de vários acidentes). Pelas imagens poderá ser mais perceptível para quem não conhece o local, mas quem o conhece conseguirá visualizar o que descrevo.
Nisto o que me chateia? Mas mesmo muito! Em primeiro lugar, a empresa que está a fazer obras, primeira e principal responsável pelo sucedido, fazer o que faz, sem pensar no risco para os condutores e, até mesmo, para os peões, visto que a curva é local de passagem de peões. Segundo, as obras estarem a ser desenvolvidas num quartel de bombeiros e pessoas que deviam estar em alerta para a prevenção de riscos e acidentes, nada fazerem para em relação a isso (devem gostar mais de estar em acção, do que prevenir os riscos…eu como enfermeiro, para que não me acusem de não ser voluntário nem de ser uma pessoa fria, ensinaram-me e formaram-me para ser um profissional preventivo em primeiro lugar, activo em segundo). Em terceiro lugar, mas sendo o que mais me chateia, foi o facto de quando fui aos bombeiros alertar para a situação, ter passado uma patrulha da GNR no local, ter sida obrigada a fazer a manobra que eu considero ser de risco, e seguirem o seu caminho como se nada de mal houvesse.
Eu respeito acima de tudo o trabalho da GNR, defendo-os, quando acho caso disso. Mas neste caso, na minha opinião, actuaram de forma negligente. Chateia-me que às vezes uma pessoa estaciona, sem risco de vida para ninguém nem de acidentes, em 2º mão ou sem pôr ticket por 5 minutos e à vinda tem logo um papelinho no vidro. Numa situação que há risco eminente de acidente, como não dá dinheiro a tirar aos cidadãos, assobiam para o lado! Só tenho pena de não ter tirado uma foto no momento em que passava a patrulha!
Podiam passar o dia todo sem ocorrer nenhum acidente, que não deixaria de ser uma situação negligente, com máxima responsabilidade para as forças da autoridade. Se houvesse um acidente, a culpa seria, obviamente, de um dos condutores, às tantas do que foi obrigado e invadir a outra via por imposição das obras.
Finalmente, no mínimo 30 minutos depois de eu ter falado com os bombeiros, colocou-se lá um triângulo de sinalização, daqueles que qualquer pessoa tem no carro. Menos mal! Já é alguma coisa…mas do que me lembro do código, se há algo a obstruir ou dificultar a circulação duma via a menos de 30 metros de uma curva, o triângulo tem que ser colocado a 30 metros, depois da curva, de forma bem visível. Aqui outro senão, chamem-lhe preciosismo, muito típico dos portugueses…o triângulo em cima da curva! Aqui, já não é tanto negligência, é mais aquilo que fazemos tanto, adaptamos as leis ao nosso gosto e prazer. 30 metros? Isso obriga a ter que andar muito, além que nos podem roubar o triângulo, não é?
Futebol, política, religião? Não, o que me chateia é a falta de civismo e o respeito pelo bem-estar dos demais.
Localização da grua...

Curva mais grua...

Vista da outra rua e desvio que obriga a fazer...

Momentos depois (20m) após aviso aos bombeiros, ainda nada...

Nada de nada...

O sinal colocado, mais que em cima da curva...